Por Rodrigo Barneschi
Imagine um desfiladeiro. De um lado, temos a arquibancada, seus frequentadores e seus códigos bem particulares. Do outro lado, desconectada do que se passa no concreto de um estádio, a imprensa esportiva.
De um lado, torce-se sob sol e chuva — ao menos antes da pandemia. Do outro, há quem distorça no conforto proporcionado por um bom aparelho de ar condicionado — e isto já acontecia antes mesmo dos tempos de exceção. Os dois lados parecem compartilhar o mesmo ambiente, mas raros são os jornalistas que se aventuram a atravessar a ponte entre os dois lados do desfiladeiro.
Não é de hoje — e não é só no Brasil — que se pode apontar como conflituosa a relação entre mídia esportiva e aficionados. Mas os 15 meses de portões fechados acentuaram as divergências para além do sustentável: sem poder ir a estádios, o torcedor perdeu acesso direto ao seu objeto de adoração e agora é obrigado a aturar um intermediário entre ele e o campo de jogo. E o intermediário, via de regra, faz pouco caso do torcedor e agora fala para ainda mais gente: aos espectadores de sempre juntaram-se os órfãos da arquibancada.
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